O poderoso terremoto que sacudiu o Chile em fevereiro passado liberou a maior parte da tensão acumulada durante cerca de 200 anos ao longo da falha onde duas placas tectônicas colidiram, o que torna muito improvável que um novo tremor de intensidade similar ocorra, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science.
Cientistas chilenos, alemães e franceses, chefiados pelo geólogo Marcelo Farías, da Universidade do Chile, chegaram a esta conclusão após medir quanto se levantou ou deprimiu o terreno em 24 locais ao longo da costa chilena e em nove locais terra adentro.
Ele descobriram que o terremoto de 8,8 graus de magnitude empurrou cerca de 1,5 metros sobre a costa, causando o afundamento de áreas interiores e moveu a linha da costa para o mar, segundo o estudo.
O terremoto de fevereiro foi o quinto mais forte desde que se mete a intensidade destes fenômenos.
Ele provocou uma tsunami que arrasou cidades inteiras e matou 521 pessoas. Calcula-se que os danos que provocou tenham chegado aos 30 bilhões de dólares.
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